PIB de Parauapebas é o maior do Pará, mostra pesquisa da Fapespa sobre municípios

PIB de Parauapebas é o maior do Pará, mostra pesquisa da Fapespa sobre municípios
A pesquisa, divulgada nesta terça-feira (19), mostra o desempenho das cidades paraenses e a contribuição de cada uma para a economia local (Marcos Santos/ USP Imagens)

Segundo o relatório “PIB Municipal 2021”, a cidade terminou 2021 com PIB de R$ 49,7 bilhões, à frente de Canaã dos Carajás (R$ 34,9 bilhões) e de Belém (R$ 33,4 bilhões)

O município de Parauapebas alcançou o maior Produto Interno Bruto (PIB) do Pará em 2021, contribuindo com 18,9% do resultado da economia paraense, conforme divulgou nesta terça-feira (19) a Fundação Amazônia de Amparo a Estudos e Pesquisas (Fapespa). O relatório “PIB Municipal 2021” mostra o desempenho das cidades paraenses e a contribuição de cada uma para a economia local, e foi organizado em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se do indicador de desempenho econômico mais usado.

A instituição já havia produzido material em novembro indicando que o PIB do Pará naquele ano, ou seja, tudo que foi produzido localmente, chegou a R$ 262,9 bilhões, avançando 0,08 ponto percentual (p.p.) em sua participação na economia nacional, para 2,9%, e mantendo-se na 10ª posição entre as Unidades da Federação, na comparação com 2020. No Norte, o PIB de 2021 ficou em R$ 564 bilhões, sendo que o Pará contribuiu com 46,2%, o primeiro colocado na região.

Agora, a nova pesquisa detalha o desempenho dos municípios paraensesParauapebas, por exemplo, terminou aquele ano com PIB de R$ 49,7 bilhões. Atrás, aparecem Canaã dos Carajás (R$ 34,9 bilhões), Belém (R$ 33,4 bilhões), Marabá (R$ 13,5 bilhões), Barcarena (R$ 9,2 bilhões), Ananindeua (R$ 8,9 bilhões) e Santarém (R$ 6,3 bilhões). Juntos, os sete municípios mais bem posicionados no ranking representaram 59,5% do PIB do Estado e 34,5% da população. As 137 cidades restantes respondem por 4,5% do PIB e 65,5% da população.

Primeiros colocados

O município de Parauapebas obteve ganho de participação de 1,3 ponto percentual em relação a 2020, chegando a 17,6%. A alta, segundo a Fapespa, foi influenciada pelo setor industrial, que passou a representar 84,1% do valor adicionado (VA) do município, contra 82,2% no ano anterior.

Já o PIB de Canaã dos Carajás, de R$ 34,9 bilhões, contribuiu com 13,3% da produção estadual em 2021 e apresentou elevação da participação, de 2,9 pontos percentuais em relação ao ano anterior (10,4%). A base da economia da cidade é o setor Industrial, que em 2021 passou a representar 89,6% do VA total do município, ante 87,8% em 2020. 

Nos dois casos, a alta no VA é devida, em grande parte, ao desempenho da atividade de extração mineral. Em Parauapebas, apresentou expansão de 35% em valor, enquanto, em Canaã, a alta foi de 60%. O aumento está relacionado à elevação do preço do minério de ferro.

Belém, por sua vez, alcançou o PIB de R$ 33,4 bilhões em 2021, o que representou 12,7% do PIB estadual, obtendo perda de participação de 1,5 ponto percentual em relação a 2020 (14,2%), influenciada pelo ganho expressivo em valor adicionado dos municípios que têm a indústria como principal setor. A predominância econômica de Belém foi do setor dos serviços, que contribuiu com 86,6% no VA, tendo como principais atividades administração pública, atividades imobiliárias, comércio e intermediação financeira.

Por pessoa

Em relação ao PIB per capita em 2021 – divisão do valor total do PIB pelo número de habitantes da cidade –, os municípios paraenses que apresentaram os cinco maiores valores foram Canaã dos Carajás (R$ 894.806, com crescimento de 51,5% em relação a 2020), Vitória do Xingu (R$ 274.352, que teve variação de 9,3%), Parauapebas (R$ 227.450, com aumento de 27,8%), Curionópolis (R$ 206.448, com variação de 172,2%) e Jacareacanga (R$ 90.011, com crescimento de 53,8%).

Canaã dos Carajás se manteve na primeira posição, e os municípios que ganharam lugar no ranking foram Curionópolis (quatro posições, passando de 8º para 4º), Santa Maria das Barreiras (três posições, de 10º para 7º) e Bannach (quatro posições, saindo de 14º para 10º).

Por outro lado, os municípios com menor PIB per capita em 2021 foram Cachoeira do Piriá (R$ 6.447, com participação de 0,09% no PIB), Terra Alta (R$ 6.937, com 0,03%), Melgaço (R$ 7.711, com 0,08%), Augusto Corrêa (R$ 7.750, com 0,14%), e São João de Pirabas (R$ 7.772, com 0,07%).

Em todo o Pará, o PIB per capita foi de R$ 29.953 em 2021, com aumento de 20,5% em comparação aos R$ 24.847 de 2020. Com o resultado, houve ganho de uma posição no ranking do PIB per capita entre os Estados, saindo da 16ª para a 15ª posição.

Panorama do PIB dos municípios do Pará em 2021:

Municípios com maiores PIBs:

  1. Parauapebas: R$ 49.763.040
  2. Canaã dos Carajás: R$ 34.989.610
  3. Belém: R$ 33.467.126
  4. Marabá: R$ 13.523.145
  5. Barcarena: R$ 9.243.937
  6. Ananindeua: R$ 8.939.830
  7. Santarém: R$ 6.390.528
  8. Tucuruí: R$ 5.614.501
  9. Castanhal: R$ 4.709.312
  10. Paragominas: R$ 4.280.508

Municípios com maiores PIBs per capita:

  1. Canaã dos Carajás: R$ 894.806
  2. Vitória do Xingu: R$ 274.352
  3. Parauapebas: R$ 227.450
  4. Curionópolis: R$ 206.448
  5. Jacareacanga: R$ 90.011
  6. Barcarena: R$ 71.474
  7. Santa Maria das Barreiras: R$ 48.204
  8. Tucuruí: R$ 48.150
  9. Marabá: R$ 47.010
  10. Bannach: R$ 39.829

Fonte: Fapespa

Outros lançamentos

A Fapespa também lançou e apresentou, nesta terça-feira (19), os produtos “Pará no Contexto Nacional”, “Pará em Números” e o “Barômetro da Sustentabilidade – Região de Integração Guajará”. A primeira traz indicadores econômicos e sociais para as Unidades da Federação, o que permite análises e comparações da evolução do Estado no contexto nacional. As informações sistematizadas no estudo consistem em diversos números de indicadores, em nível estadual, distribuídos em diversas temáticas no âmbito social, econômico e ambiental. Confira alguns dados no infográfico.

Já a pesquisa “Pará em Números” mostra aos usuários diversas informações e indicadores do Estado para uma série histórica, em formato de tabelas, constando o último ano disponível. Os indicadores são organizados nas seguintes temáticas: território, demográfico, social, econômico e ambiental. Enquanto isso, o “Barômetro da Sustentabilidade” é uma ferramenta que mede o progresso em direção ao desenvolvimento sustentável, considerando o bem-estar humano e ecológico, usada para medir e orientar o planejamento de políticas públicas nos municípios do Pará.

Confira dados da pesquisa Pará no Contexto Nacional 2023:

Demografia

População

  • Norte
  • 2022: 17.355.778
  • Posição: 4°
  • Pará
  • 2022: 8.121.025
  • Posição: 9°

Densidade Demográfica (População/km)²

  • Norte
  • 2022: 4,51
  • Posição: 5°
  • Pará
  • 2022: 6,52
  • Posição: 21°

Previdência Social

Número de benefícios previdenciários emitidos

  • Norte
  • 2022: 1.542.781
  • Posição: 5°
  • Pará
  • 2022: 744.845
  • Posição: 12°

Valor aplicado em benefícios previdenciários emitidos (mil)

  • Norte
  • 2022: R$ 1.923.995
  • Posição: 5°
  • Pará
  • 2022: R$ 910.851
  • Posição: 13°

Mercado de trabalho

Número de vínculos empregatícios

  • Norte
  • 2021: 2.808.709
  • Posição: 5º
  • Pará
  • 2021: 1.167.171
  • Posição: 11º

Remuneração média do trabalhador

  • Norte
  • 2021: R$ 3.154,61
  • Posição: 4°
  • Pará
  • 2021: R$ 2.981,92
  • Posição: 14°

Taxa de ocupação

  • Norte
  • 2021: 86,93
  • Posição: 3°
  • Pará
  • 2021: 87,43
  • Posição: 11°

Taxa de desocupação

  • Norte
  • 2021: 13,1
  • Posição: 3°
  • Pará
  • 2021: 12,6
  • Posição: 17

Fonte: Fapespa